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Durante os dez dias da 39ª Expomontes, a programação diversificada de shows, leilões, torneio leiteiro, Fazendinha, feira da agricultura familiar e outras atrações atraem cerca de 360 mil pessoas ao Parque de Exposições João Alencar Athayde. Quem confere a festa animada não imagina os desafios de realizar uma das maiores feiras agropecuárias do Brasil.
O diretor financeiro Moacyr Basso destaca o produtor norte mineiro como eixo principal para o sucesso do evento: “Ser produtor ou pecuarista no Norte de Minas não é fácil, mas mesmo assim nosso povo se destaca e apresenta produtos de qualidade. A Expomontes reflete isso, essa garra, que mesmo com a seca cria gado competitivo em termos de peso e produtividade. Além disso, o nosso público é outro diferencial, pois dão visibilidade à festa, ao trabalho dos produtores e da Sociedade Rural, realizadora do evento”.
Ordenar 100 mil m² para o alto fluxo de entrada e saída de 12 mil animais que serão comercializados é uma tarefa que exige trato afinado entre a organização e os produtores. Moacyr revela que foram adotadas ações para otimizar o espaço que, mesmo grande, é limitado. “O pecuarista se sente em casa no Parque, então muitas vezes quer entrar com seu caminhão de boi. Mas conseguimos conduzir esse processo de forma que todos desembarquem na rua, em portões certos”, aponta.
Mesmo com a seca que penalizou a região por dois anos seguidos, os animais comercializados mantiveram o nível de qualidade graças ao empenho dos produtores. Assim, o sucesso da feira, incluindo nas transações comerciais, é reflexo direto da ação do produtor norte mineiro. De 2011 para 2012, o volume de leilões cresceu 74%.
Tanto a venda, quanto a compra de animais possuem taxas pagas pelos envolvidos à firma leiloeira. Quando o vendedor não alcança o preço desejado pelo animal, ele pode comprá-lo novamente, dando a isso o nome de Defesa. Nesse caso, o produtor paga a taxa apenas uma vez, mas há vendedores que querem condicionar a ida do rebanho à isenção de taxas para Defesa. Moacyr explica que isto tornaria os números irreais para a exposição.
“Trabalhamos com uma só regra para todos. Existem feiras que mascaram, que criam uma ilusão, onde poucos produtores levam muitas cabeças e comercializam entre si para dar a falsa sensação de sucesso. Aqui não! Vende quem quer vender, compra quem quer comprar, não há truques. E também por isso não perdoamos a comissão de Defesa exatamente para não haver maquiagem nos números da festa”, ressalta o diretor financeiro. Em 11 leilões, a expectativa é que as comercializações movimentem a quantia em torno de R$ 11 milhões.
Em dois anos, ações da gestão vêm promoveram o crescimento da festa em 70%. Os estandes, que em 2011 era 50, pularam para 74 no ano seguinte, marca novamente atingida nesta edição. Moacyr Basso considera que o grande público e a credibilidade da festa atraem os expositores, pois “ninguém quer anunciar onde não é visto”.
Todos os anos a Sociedade Rural busca o que há de mais moderno e organizado para a montagem dos estandes. Mesmo as barracas e Praça de Alimentação são coordenadas por mesma empresa, para que ao entrar no Parque, o visitante tenha um ambiente agradável visualmente.
E o que o público mais espera são os shows! Artistas de renome nacional se apresentam a preços acessíveis, impensáveis em outras localidades. Moacyr Basso explica que tiveram de convencer os parceiros da importância da festa, fazendo-os ganhar em volume. Para compensar, os ganhos da Praça de Alimentação também ficam para a empresa dos shows.
“Quiseram uma vez trazer barraqueiros de fora, mas isso não permitimos, pois lutamos para o desenvolvimento regional e queremos barraqueiros daqui. Além disso, antes recebíamos patrocínio de cervejaria que nos dava um valor polpudo, mas cobrava caro dos barraqueiros. Mudamos isso também. Passamos a só aceitar patrocínio de quem fizesse preço de mercado aos vendedores”, conta.
O cuidado com cada detalhe da festa é trabalhado por toda a diretoria no intervalo de uma edição a outra. Mas para a data comemorativa dos 70 anos da Sociedade Rural e da 40ª Expomontes em 2014, a próxima edição começa a ser pensada desde já: “É um momento especial e o nosso presidente Osmani Barbosa e toda diretoria já estão empenhados em trabalhar duro para fazer a festa mais bonita que a região já viu”.
Papel agregador do presidente
Mas é impossível deixar ressaltar o carisma do Presidente Osmani Barbosa Neto. Ele é agregador e faz acontecer”, afirma Moacyr Basso.
O papel da Expomontes e da Sociedade Rural, além de defender os interesses do produtor rural, é fomentar o agronegócio. A atual gestão teve dois grandes aspectos positivos: O primeiro deu um vulto diferenciado a Expomontes. Evolui toda a Exposição. Trouxe novidades. Buscou a família para o Parque. Implantou novidades; a segunda aproximou mais do produtor rural, maior protagonista da classe, e essência da instituição, que foi criada para atender o universo do produtor e representá-lo devidamente.
Nos últimos dois anos obras físicas de grande porte foram inviáveis de serem executadas. Isso porque ainda está sendo quitado o financiamento do Centro de Eventos, estimado em R$ 200 mil ao ano. “Estamos consolidando os projetos da administração passada. Não só pagando, mas também finalizando obras”, conclui Moacyr.
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